• capítulo 1

POV. Anne 

31 de dezembro de 2013

Finalmente consegui chegar ao shopping, mas agora que vai começar a luta. Não tenho ideia do que comprar, e fora que tem que ser algo barato e simples! Entrei em várias lojas e não gostei de nada, mas pelo menos, comprei a roupa do Rennan. Já estava desistindo, quando entrei na última loja e encontrei Rayane -minha amiga-

Rayane: ei -ela chamou minha atenção- o que ta fazendo aqui?
Anne: comprar roupa de última hora, essa sou eu -rimos-
Rayane: também, Ricardo só adiantou o dinheiro ontem -reclamou-
Anne: pelo menos adiantou, Rayane -ela concordou com a cabeça. Rayane e eu fomos às compras juntas e ela me ajudou. Cheguei em casa lá pras cinco da tarde. Só tinha minha mãe em casa, e ela dormia, graças a Deus, não aguentaria ouvir mais  lorota da parte dela. Já comecei separando tudo que ia usar. Quando Rennan chegou era sete horas, mostrei sua roupa e ele amou. Tomei banho primeiro, e quando sai ele entrou, me maquiei, me arrumei, e quando estava terminando meu cabelo, o chatinho do meu irmão começou a reclamar. Homens, sempre chatinhos!! Assim que terminei, partimos pra Copacabana. Depois de quarenta minutos, chegamos. Comprei água de coco para nós e fomos pra areia. Como chegamos bem tarde, ficamos longe do show, onde tinha pouca gente e... gente rica.
Rennan: vamos contar? -sugeriu-
Anne: vamos -sorrimos-
Rennan, Anne: 5.. 4.. 3.. 2.. 1.. Feliz ano Nooovooooo!!! -dissemos juntos e nos abraçamos-
Rennan: eu te amo irmã -sorri, já sentindo meu olhos arderem por conta de estar sendo invadido de lágrimas-
Anne: também amo você, Rennan. Você é bem chatinho, mas é meu chatinho, e sei que nunca vamos nos abandonar -sorrimos um para o outro-
Rennan: jamais, Anne. Você é uma cruz que sou obrigado a carregar -riu e acabei rindo, mas foi pela sua risada e não pela piada idiota-
Anne: você é um palhaço, seu idiota -ele ria. Esse palhaço tinha que ser meu irmão?-
Rennan: ih, olha o Gean ali - olhei para a mesma direção que ele estava olhando, era o garoto mesmo. Um dos amigos de Rennan que bebe até começar a vomitar tudo, nunca vi um menino assim. E ele tinha a idade do meu irmão, apenas 15 anos- vou ali falar com ele -mexeu no cabelo- qualquer coisa, volto pra casa sozinho, não espere por mim. E não tenho hora de chegar em casa. - revirei os olhos assentindo. Rennan me deu um beijo e saiu. Me sentei na areia e fiquei olhando a felicidade das pessoas. Será que um dia vou ser assim? Meu Deus, o que será que fiz pra merecer tudo isso? Espero que esse ano seja tudo diferente, que meu pai queira se tratar e que dê tudo certo, não peço pela minha mãe, ela não é doente nem nada, é safadeza de sua parte mesmo... E eu sei que ela não gosta de mim. A única coisa que não sei é o motivo. Uns dez minutos depois que Rennan saiu, meu celular começou a tocar, número lá de casa.

Anne: alô
Cláudia: onde tá seu irmão ? E por que não atendeu logo ? -Cláudia disse ríspida do outro lado da linha-
Anne: o que ?
Cláudia: desembucha logo garota !
Anne: meu irmão não tá aqui
Cláudia: ótimo.. Agora tenho provas de que você é uma imprestável, uma completa imprestável, se o Rennan chegar tarde, é você que vai se ver comigo. Olha aqui, Anne, Eu já estou cansada de você, cansada de estar ocupando espaço na minha casa, cansada de ter que ouvir sua voz, se fazendo de pobre coitadinha... Chega não ? Mais um ano chegou e já basta pra mim, você merece morrer com um monte de formiga na boca, por se fazer de santa, sua maldita.. Eu te odeio Anne, te odeio. -já chorava que nem uma criança. Ela não podia falar assim comigo, não conseguia nem limpar o rosto, eram muitas lágrimas e uma atrás da outra- Você simplesmente é uma pedra no meu caminho, me faz pelo menos isso, em toda minha vida nunca te pedi nada, e essa será a primeira e última vez. Vê se sai logo da minha vida, sai da minha casa, sai logo, antes que eu faça alguma coisa, porque te aturar já está demais, estou farta. Como você consegue fazer todos sentirem pena de você ? Você é ridícula, garota, não merece nada que tem, nada. Tenho vergonha de você. -desligou na minha cara-

A única coisa que pensei naquele momento foi naquilo, eu precisava daquilo... começaria o ano mal, mas pelo menos, ia fazer essa dor sair de mim... Consegui me levantar, mas saí tão desnorteada e acabei esbarrando com alguém.

Anne: nossa, me desculpe -a garota olhou sorrindo pra mim, e quando viu que eu estava chorando, sua face se transformou em preocupação-
xxx: tudo bem -ela sorriu fraco- você ta bem? Porque sua cara tá horrível -brincou dando uma risadinha, mas quando viu que não fez efeito em mim, ficou meio preocupada. Mas afinal, por que um estranho se preocuparia comigo? Isso é ridículo Anne, como Cláudia mesmo disse, eu sou uma ridícula.
Anne: com licença -disse quase me retirando, mas ela ficou na frente-
xxx: espera, onde vai assim. Você ta mal pra caramba, vem vou te dar água -me deu a mão e foi me puxando-
Anne: não precisa, estou ótima, acredite -ela me olhou irônica-
xxx: é só olhar pra sua cara e veremos que você não está -sorri de canto. Deveria ser verdade. A garota me levou em uma barraquinha e pediu uma água, quando chegou, me deu e tomei um gole-
Anne: sabe -me pronunciei- por que ta fazendo isso? Você nem me conhece
xxx: sinto que faria o mesmo se fosse eu -sorriu- e... minha mãe me ensinou a ser gentil.
Anne: sua mãe deve ser bem legal -ela assentiu e suspirei-
xxx: agora vem, vamos ajeitar essa maquiagem -rimos fraco-
Anne: tudo bem -Nos levantamos e fomos no banheiro, apertado e nojento, daquela barraquinha. Ela ajeitou minha maquiagem e saímos quase que correndo de lá- sabe, ainda não sei o seu nome, para que eu possa te agradecer -ela sorriu-
xxx: me chamo Rafaela.. E você ? 
Anne: Anne, você mora aqui ? -puxei assunto enquanto chegávamos onde eu estava-
Rafaela: não, eu moro na Espanha, vim só para o ano novo mesmo -assenti compreendendo- e você?
Anne: moro aqui no rio, em Botafogo -sorri fraco-
Rafaela: legal. Sabe, morava em São Paulo, mas a carreira de futebol do meu irmão fez com que nos mudássemos pra lá.
Anne: ah, você também tem um irmão ? 
Rafaela: tenho, ele tem 21 anos 
Anne: hum, meu irmão tem 15 só.
Rafaela: ah -quando chegamos, apenas sorri em agradecimento- sabe, se quiser ficar comigo e com minha família
Anne: não quero incomodar. E também, você já fez muito por mim hoje
Rafaela: falando nisso, por que estava daquele jeito? Saiu que nem doida
Anne: foram algumas coisas que me falaram, e me senti mal... Queria andar para esfriar a cabeça -menti.. Ah, qual é, todo mundo mente em alguma ocasião-
Rafaela: namorado né? - riu e acompanhei sua risada negando com a cabeça-
Anne: não namoro. Nunca namorei -sorri fraco-
Rafaela: você tem quantos anos ? -ela se assustou-
Anne: tenho 19, vou fazer 20 anos em Abril e finalmente sair do inferno -senti que ela se assustou um pouco, mas não disse nada-
Rafaela: ah, tenho 18, vamos logo -me puxou para ir onde ela estava- mãe, arranjei uma amiga, olha -uma moça olhou para mim e sorriu-
xxx: graças a Deus, agora que arranjou alguém, vai ficar aqui né ? -Rafaela assentiu- olá, querida, sou Nadine, mãe dela -sorrimos-
Anne: prazer, Anne -sorri tímida-
xxx: que gata Rafa -um menino comentou e corei-
Rafaela: como é que é ? 
xxx: ué, Rafaela, ela é feia?!
Rafaela: não, mas não é pro seu bico, então te fecha aí. E se sua namorada souber, te mata.
xxx: ih, ou.. To namorando mas não to morto meo -ri baixinho para ninguém ouvir - sou Guilherme, gatinha - chegou perto de nós e me cumprimentou com beijos no rosto-
Anne: Anne -falei cheia de vergonha. Meu Deus, por que sou assim mesmo ?!-
Nadine: Anne, quer alguma coisa?
Anne: não -Rafaela me interrompeu-
Rafaela: refrigerante pra gente mãe
Nadine: só um minuto... Gui, vai lá comprar, meu amor 
Gui: agora sou amor de todo mundo, Julinha não vai gostar tiazinha -rimos-
Nadine: vai logo menino
Ele saiu rindo.
Nadine: então, Anne senta aqui -sentamos e elas, tanto a Rafaela quanto a Nadine, puxaram assunto. Acabei perdendo a timidez, algo incrível-
Rafaela: só um minuto - Rafaela disse tirando o celular que estava tocando do bolso e atendeu ali mesmo- oi, mala... pra você também Ju... o Gui foi comprar refrigerante... minha mãe ta aqui, estamos conversando... claro que aviso, você é chato, mas ainda é meu irmão, Ney... ta ok... não sei quando a gente volta não... arranjei uma amiga, já que a sua namorada me deixou... claro que não, cansei de fingir por causa de você Juninho... eu não gosto dela, fingir pra mídia é o mínimo que posso fazer por você, além do mais eu te amo, e você sabe que é só por você toda essa mentirada.
Nadine: ai, o amor de irmãos -sussurrou e rimos-
Rafaela: ta Júnior, manda um beijo pro pai.. Ok, tchau -ela desligou- ah, Anne me passa seu número e suas redes sociais
Anne: rede social ? -ela assentiu- não tenho rede social Rafa -ela riu-
Rafaela: tá brincando né? -neguei- vamos fazer depois então -passei meu número pra ela e continuemos a conversar. Guilherme chegou, tomamos refrigerante, e perdi minha timidez com ele também. Ele ficava jogando piadinhas pra mim, mas não dei mole, ele tinha namorada e não queria nada com ele, o Guilherme me fez tirar uma foto com ele, e postou numa tal rede social chamada instagram-

guipitta_ Anne que não tem insta, adorei essa virada de ano! Menina linda #anneseminsta #gata #felizanonovo 

[ @ ] jugvalente: hm
[ @ ] neymarjr: apresenta pros amigos po
[ @ ] bielmaciel: que gata
[ @ ] rafaellabeckran: Anne gata
[ @ ] familiapitta: ihh, acho que a Julia ficou com ciúmes
[ @ ] brumarquezine:  @neymarjr

Quando deu quatro da manhã me despedi de todos e a Rafaela marcou comigo na praia amanhã, eu ia ficar de férias coletiva durante uma semana, ia voltar, trabalhar uma semana, e enfim entrar de férias de verdade. Fui pra casa e cheguei morta, tomei banho, fiz um coque no cabelo e capotei.

1 de Janeiro de 2014, 09:30hr da manhã

Acordei com o celular tocando. Era a Rafa
Rafaela: Anne, tô indo te buscar, pode?
Anne: oi??
Rafaela: Anne, é a Rafa. Esqueceu da praia?
Anne: desculpa, Rafa -ela riu-
Rafaela: nada não
Anne: acordei agora, só vou me arrumar, posso te mandar o endereço ?
Rafaela: sim, por favor - mandei e logo desligamos. Me levantei, arrumei o quarto, a bolsa, com tudo que usaria na praia. Fui pro banheiro, nenhuma movimentação. Tomei banho, coloquei meu biquíni, pus uma roupa por cima, sai e dei de cara com meu pai. Ainda sóbrio, graças a Deus.

Anne: Oi, pai -sorrimos e ele me deu um beijo na testa, como sou baixinha, oh céus- como o senhor está?
Ivan: bem, querida
Anne: o Rennan tá aí?
Ivan: chegou quase agora, sua mãe tá atacada..
Anne: ela não... -a mesma me interrompeu-
Cláudia: ela não é e nunca foi minha filha Ivan, isso aqui é um circo, com um bando de palhaço e você é um deles... Afinal por que não se mata logo com essa sua amiga, que você chama de bebida... -a cortei-
Anne: olha como você fala com meu pai -aumentei o tom de voz, quase nada na frente do dela-
Cláudia: Defensora agora, Anne? Quem é você pra defender alguém? Uma morta de fome, pobre coitada, que não tem nada, nem onde cair morta, nem pra ter um homem pra te cuidar você conseguiu, você é uma imprestável mesmo. Fala sério garota, uma ninguém!! -a campainha tocou e ela nem ligou, mas meu pai foi atender a porta. Se eu chorava? Acho que a porta foi aberta pra nos tirar da piscina isso sim, piscina feita pelas minhas lágrimas- espero que você morra junto com seu pai, sabe... Achava que a salvação dessa família fosse ser o seu irmão, mas nem isso... Anne, por que acha que gosto de você? Acha que seria ridícula ao ponto de gostar de um lixo como você? Quando minha mãe, sua avó disse para eu abortar era pra eu ter feito isso mesmo.
Ivan: Já chega Cláudia - o olhei e Rafa estava estatalada ao seu lado, ai meu Deus-
Cláudia: Já chega? Já chega do que? Eu nem comecei. Anne, eu como uma boa mãe, ainda peço que você me esqueça e não vejo a hora de você sair dessa casa. Você, seu pai, e seu irmão. Que você leve todos juntos e quando isso acontecer, será o melhor dia da minha vida. Eu te odeio Anne. Te odeio, entendeu? Por que não vai embora logo? -meu sangue ferveu e, a única coisa que veio em minha mente foi me cortar. Eu precisava sentir aquele alívio, precisava daquilo como nunca precisei, precisava libertar aquela dor. Fui pro meu quarto correndo e a Rafa veio atrás-
Anne: desculpa Rafa -disse limpando o rosto, enquanto pegava a bolsa-
Rafaela: vem, vamos sair logo aqui
Anne: perdi a vontade -me sentei na cama e ela sentou ao meu lado-
Rafaela: eu também. Vem, você vai passar o dia comigo hoje!
Anne: sério? -a olhei e ela assentiu- v-vo-cê não me acha estranha, o-ou ficou com medo de tudo que ela disse?
Rafaela: ela é sua mãe? -ela arregalou os olhos-
Anne: não, sou órfã de mãe! - sorri triste-
Rafaela: vamos esquecer isso -pegou minha bolsa e me puxou- vamos logo!
Anne: tudo bem -disse meio cabisbaixa. Saímos de casa sem ver ninguém, com certeza meu pai já foi beber, e minha mãe foi encher o Rennan, que daqui a pouco tá na rua- Olha Rafa, me desculpa de verdade, e-eu não sabia que você estava ouvindo toda aquela bobeira. -disse quando o carro estava mais que um silêncio- 
Rafaela: esquece Anne, eu já esqueci -sorriu e me abraçou de lado- pode contar comigo, ouviu? - assenti com a cabeça e ela desfez o abraço- agora vamos pro apartamento que eu tô, minha mãe tá lá e eu já tô indo embora, volto amanhã pra Barcelona tenho que aproveitar minha amiguinha -ri fraco- você trabalha, né? -assenti- quando entrar de férias vai me visitar ! -sorriu-
Anne: tá louca? -ela negou- menina, não tenho dinheiro pra viajar não -ri rapidamente e ela ficou quieta-
Rafaela: vamos! - descemos do carro e pegamos um elevador que ficava no estacionamento. Ela apertou um botão lá e começou a subir- minha mãe vai levar um susto -rimos- vamos sair hoje à noite ? - assenti- conhece alguma balada boa?
Anne: não gosto de balada -sorri e ela arqueou as sobrancelhas-
Rafaela: é minha mãe vai levar um susto mesmo -riu e o elevador parou. Descemos e ela abriu a porta com uma chave que tirou de sua bolsa - mããããããe -jogou a bolsa no sofá e me sentei no mesmo, reparando só um pouquinho o local, era amplo e grande, Rafaela e sua família tinha dinheiro, pelo jeito-
Nadine: Rafaela? -ela veio de algum cômodo e nos olhou surpresa- ué, pensei que fossem pra praia -sorriu pra mim e me cumprimentou com beijo no rosto-
Rafaela: sabe o que é? - a olhei com medo de falar algo. Rafa era legal, e seria um absurdo a mãe dela saber daquilo, vai que ela não deixa mais a filha andar comigo?- achamos melhor aqui, mais reservado e tal -piscou pra mim-
Nadine: Junior tá chegando ela vai pra Angra e vai vir aqui pra falar com a gente, porque depois ele e seu pai vão pra Barcelona. Logo após, nós vamos.
Rafaela: tá bom -pausou- vem Anne, vamos pro meu quarto improvisado -sorriu e subimos as escadas. Tinham algumas portas e entramos em uma delas, todas as cores da casa eram cores claras- fica à vontade, daqui a pouco minha mãe tá aí com um lanchinho e vamos conversar
Anne: você não vai contar pra ela, né ?
Rafaela: não, só se você permitir -suspirei aliviada- mas por que ela disse aquilo tudo, Anne?
Anne: Minha mãe nunca gostou de mim, não faço questão de saber o muito, seria mais tempo pra ela me humilhar e me arrasar -eu já estava ficando mal-  vamos mudar de assunto?!
Rafaela: ta, você trabalha com o que mesmo?
Anne: eu terminei meu ensino médio com Administração, mas trabalho com contabilidade. Foi o único que consegui, graças a uma colega minha -sorri de canto-
Rafaela: ah legal, poxa. E vai entrar de férias quando? Já sabe?
Anne: entro sem ser semana que vem a outra -sorri- e você, trabalha?
Rafaela: conhece o jogador Neymar? -ela sorriu-
Anne: hum, acho que sim. Um que usava um moicano de cruz credo? -ela riu e eu a acompanhei- é sério, aquilo era horrível, meu irmão usou aquela bosta, virou febre, se andasse na rua, você via todo mundo que nem um pica-pau - rimos - é ele, né? o que você tá falando?
Rafaela: ahaam, é meu irmão - oi? fiquei rosa? vermelha? roxa? azul? verde? oi?-
Anne: co-como ? -ela riu de mim-
Rafaela: aquilo era feinho mesmo, mas você falando me pareceu pior -riu e ri sem graça- ele é meu irmão, terminei o ensino médio, mas fiz normal. Tenho uma loja em São Paulo, por isso quase sempre colo aqui no Brasil, nos mudamos pra lá porque ele foi vendido ao Barcelona, dinheiro fala alto, e a gente precisa né -rimos e assenti- então é isso. Essa loja é mais minha do que dele, ele só me ajudou mesmo
Anne: nome famoso ajuda, né? -ela assentiu e sorri-
Rafaela: daqui a pouco ele tá aí -sorriu olhando a porta e a Nadine estava entrando- mãe, escuta essa, Anne tem ensino médio de administração -sorriu levantando a abaixando as sobrancelhas muito rápido e várias vezes-
Nadine: ai, que legal -sorriu- vem, tem bolo de cenoura lá em baixo, de chocolate também, podem escolher, Sônia fez com vontade hoje -sorriu e descemos-